Ontem à noite se foi mais um gatinho, no primeiro me preparei tanto, por isso achei que seria mais fácil ver os demais partir, mas algo muito forte aconteceu, uma imensa tristeza invadiu meu coração, chorei na despedida e muitas horas depois e até agora não consigo parar de chorar. Choro pela mãezinha que viu seu filho ser tirado de suas patas, mansamente, resignada, ela sabe que nós humanos resolvemos que mães do Reino animal não têm direito de envelhecer com suas crias.
Conversei com ela que ele iria embora mais que iria ficar bem, seria amado e cuidado. Coloquei o Antuak/Lys junto dela, e ela o lambeu carinhosamente, sabendo que ele iria embora para sempre. Não deu um miado, apenas se colocou quietinha de lado.
Depois que ele partiu, ela se deitou numa almofada e ficou vendo os outros brincar e correr animadamente pelo quarto.
Essas cenas não me saem do pensamento e penso: quando foi que os humanos desumanos decidiram que mães não humanas teriam que abrir mão de seus filhos. Dizem que a Natureza é sabia, será que essa tão proclamada sabedoria da Natureza se fez necessária por causa da nossa insensibilidade?
Estou cansada de ouvir é apenas um gato, apenas um cão... apenas... apenas.
Apesar dessa minha reflexão dolorida, sei que agora Antuak/Lys tem um lar, uma família, diferentemente de milhares de gatinhos que nascem neste mundo insensível com sua espécie (animais), nascem sem ao menos ter a oportunidade de mamar na própria mãe, pois são mortos, afogados, a pauladas e de todas as formas de crueldade.
Não posso esquecer das mãezinhas (vacas) que não podem amamentar seus filhos por causa da ganância humana. As galinhas não têm o direito de aninhar sua cria embaixo de suas asas. Assim, como todas as mães onde a ganância e a indiferença estão em primeiro lugar.
Não sei explicar o que está acontecendo, mas o Antuak não somente levou um pedaço do meu coração, mas abriu uma nova porta em minha consciência, porta que estava apenas entreaberta, acordou algo em minha alma.
Sei que ele será amado (a) e cuidado (a), foi para um lar seguro, vai conviver com uma criança, vão crescer juntos, mas estou triste demais e não sei exatamente o motivo.
Antuak/Lys oncinha meiga, amorosa e medrosa, seja feliz, você estará sempre em minha memória e coração.
Adeus querido (a)
Seja feliz.
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A Nova família